A LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA DA ILHA DA MADEIRA NO PANORAMA ECONÓMICO DOS SÉCULOS XIV E XV – 2.ª PARTE
Com a disputa pelo domínio das ilhas Atlânticas, sem fim previsto, e apesar de há muito se conhecer a localização do Arquipélago da Madeira, não existiam referências do seu reconhecimento por outros povos. Assim, segundo Alberto Vieira[1], só em 1418,
a mando do Infante D. Henrique, João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, (fig.5,6,7e 8) aportam à ilha do Porto Santo. Tratou-se de uma viagem intencional, com o objectivo de re-achar fortuitamente as ilhas, e reclama-las oficialmente como pertencentes ao território português. A redescoberta da ilha da Madeira só terá acontecido posteriormente, cerca de um ano mais tarde, mais precisamente a 1 de Julho de 1419.
O ano de 1425 é apontado como o ano de início do processo de povoamento, ocupação e repartição do território por capitanias (fig.9). A repartição jurídica do território por capitanias, em número de três, a de Machico é entregue a Tristão Vaz Teixeira, o Porto Santo atribuída a Bartolomeu Perestrelo e o Funchal concedida a João Gonçalves Zarco, por carta de doação.
Porém, só a 8 de Setembro de 1460, o Infante D. Henrique, na qualidade de senhor das ilhas do Arquipélago da Madeira, dava a entender o seu protagonismo neste descobrimento fazendo recurso da expressão […] novamente achei […] (Vieira, 1994)[2], uma vez que até então, ninguém havia reclamado oficialmente o Arquipélago.
A prioridade portuguesa sobre estas ilhas é ainda reafirmada em 1493, pelo Rei D. João II […]Porquanto essa ilha não foi do nossos antepassados nem dela tiveram direito algum ou domínio antes de ser descoberta e ocupada pelo senhor rei nosso bisavô […] (Fernandes, Janes e Pita, 2000)[3].
O povoamento e o processo de valorização económica do Arquipélago da Madeira, destacou-se no contexto da expansão portuguesa como uma espécie de ensaio dos métodos e técnicas que serviram de base à afirmação portuguesa no domínio e construção das novas economias atlânticas. A organização do arquipélago da
Madeira, respondeu às solicitações da conjuntura interna do Reino, quer como resposta à disputa pelo direito às Canárias, como pela necessidade de constituir no Atlântico um ponto de apoio às expedições ao longo da costa de África.
Compreende-se deste modo, que pela sua localização estratégica no seio do Oceano Atlântico, foi mais importante o reclamar oficial do território, que a sua descoberta. Uma vez que o reconhecimento do arquipélago, dentro do espaço de circum-navegação português, permitiu uma maior e melhor valorização económica, bem como o assegurar da supremacia portuguesa em relação a Castela no que concerne ao domínio e expansão oceânica.
Com a disputa pelo domínio das ilhas Atlânticas, sem fim previsto, e apesar de há muito se conhecer a localização do Arquipélago da Madeira, não existiam referências do seu reconhecimento por outros povos. Assim, segundo Alberto Vieira[1], só em 1418,

O ano de 1425 é apontado como o ano de início do processo de povoamento, ocupação e repartição do território por capitanias (fig.9). A repartição jurídica do território por capitanias, em número de três, a de Machico é entregue a Tristão Vaz Teixeira, o Porto Santo atribuída a Bartolomeu Perestrelo e o Funchal concedida a João Gonçalves Zarco, por carta de doação.

Porém, só a 8 de Setembro de 1460, o Infante D. Henrique, na qualidade de senhor das ilhas do Arquipélago da Madeira, dava a entender o seu protagonismo neste descobrimento fazendo recurso da expressão […] novamente achei […] (Vieira, 1994)[2], uma vez que até então, ninguém havia reclamado oficialmente o Arquipélago.
A prioridade portuguesa sobre estas ilhas é ainda reafirmada em 1493, pelo Rei D. João II […]Porquanto essa ilha não foi do nossos antepassados nem dela tiveram direito algum ou domínio antes de ser descoberta e ocupada pelo senhor rei nosso bisavô […] (Fernandes, Janes e Pita, 2000)[3].
O povoamento e o processo de valorização económica do Arquipélago da Madeira, destacou-se no contexto da expansão portuguesa como uma espécie de ensaio dos métodos e técnicas que serviram de base à afirmação portuguesa no domínio e construção das novas economias atlânticas. A organização do arquipélago da

Compreende-se deste modo, que pela sua localização estratégica no seio do Oceano Atlântico, foi mais importante o reclamar oficial do território, que a sua descoberta. Uma vez que o reconhecimento do arquipélago, dentro do espaço de circum-navegação português, permitiu uma maior e melhor valorização económica, bem como o assegurar da supremacia portuguesa em relação a Castela no que concerne ao domínio e expansão oceânica.